Entrevista sobre betas, copydesk, editoras, etc

domingo, 14 de outubro de 2012


Ainda tem muita gente confundindo leitor beta com revisor gramatical. É autor achando que só vamos revisar ortografia, é candidato a beta que realmente quer apenas fazer isso. PARA, GENTE!
Vou postar aqui um monte de coisa a respeito até vocês entenderem e não cair mais nenhum e-mail na minha caixa postal do tipo "revisa meu texto" ou "quero ser beta, sou bom em português".
Fato é que a gramática é o menos importante na betagem.
Pra começar, lembrei de uma entrevista muito legal de um site que já morreu, não existe mais (chamava-se Quadrinize). A entrevista é com um escritor brasileiro, Eric Novello, e falava sobre betagem, leitura crítica, copidesque e outras coisas bem mais profissionais que nosso círculo fanfiqueiro. Mas ainda assim bem interessante todos conhecerem. Fui atrás do dono do falecido site, que é um conhecido meu, e ele me deu a entrevista de presente o//
Então, ajudando o grande acervo do Quadrinize a não cair no esquecimento, segue a entrevista, realizada em 2011.
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Hey, nos diga quem é você!
Eric Novello, cabelos e olhos castanhos, 179 de altura. Ops, isso é para a outra janela do chat. Hoje eu sou um cara que trabalha o dia inteiro com texto e processo criativo. Sou tradutor, autor, editor, compositor, roteirista e copidesque, e tenho orientado muitos novos autores em seus primeiros passos no mercado. Já fui um total workaholic, mas atualmente reaprendi a ter horários até para dormir!
Você é formado na área farmacêutica. Como diabos foi parar na literatura?
Fiz escola técnica de biotecnologia, daí segui para a faculdade de farmácia, com especialização em bioquímica de alimentos, três áreas de que gosto muito, talvez tivesse sido um ótimo professor, mas que na prática não conseguiram competir com outra voz que ecoava na minha cabeça, a do processo criativo. Escrevi meus dois primeiros livros ainda na faculdade, depois decidi dar um tempo para me instrumentar melhor. Foi com o dinheiro que ganhava trabalhando como farmacêutico que paguei a escola de cinema e me formei como roteirista. E esse curso gerou meu livro mais recente no mercado, o Neon Azul. Então, é uma transição que faz sentido pelo menos em termos capitalistas. É preciso dinheiro para bancar seus sonhos. Em certo momento, tive a oportunidade de abandonar a farmácia e a indústria de alimentos para trabalhar com tradução técnica, e a partir daí a integração ficou mais fácil. Foi a tradução que refinou meu texto, e a escola de cinema que refinou minha estrutura narrativa. No final, tudo se encaixou.
O que é copidesque e qual a diferença entre copidesque e leitura beta?
Primeiro, vale nos situarmos nas palavras. Copidesque e copidescar são palavras existentes no Houaiss, ambas em português. Quem faz um copidesque também se chama copidesque, por extensão de sentido. Em inglês, o profissional é o copy editor e seu trabalho é copy editing alguma coisa.
A leitura beta, para mim, é simplesmente opinativa. Você manda para um grupo de sua confiança, seja por qual motivo for, e eles repassam uma opinião. Há também a leitura crítica, na qual um profissional avalia um original e devolve ao autor ou editor um laudo com suas observações sobre o texto. Dependendo do cliente final, esse laudo é diferente. A leitura crítica é um serviço pago. A leitura beta não necessariamente.
Dito isso, o copidesque é um trabalho intrusivo, ele altera o texto. Fica uma etapa acima da revisão de ortografia e gramática, e uma etapa abaixo do dedo do editor. Além de corrigir erros ortográficos, o copidesque altera a construção das frases, limpa o texto, corta partes, muda o que for preciso de lugar e sugere mudanças na história, caso necessário, por alguma questão de lógica narrativa. Então, entregar o seu texto para um copidesque é entregá-lo para alguém que vai enfiar o dedo na ferida com gosto. Meu trabalho de copidesque costuma enxugar um texto em 30%, daí você imagina o tranco.
Tudo isso fica marcado em um documento e cabe ao autor aceitar ou não as mudanças sugeridas. Eu como copidesque nunca trabalho mais do que o autor. Nunca vou além do que o autor está disposto a fazer. Se vejo uma pessoa com garra e vontade de levar seu texto até outro nível, dou tudo de mim também. Foi assim com a Nazarethe Fonseca. Em determinado ponto, eu só precisava indicar uma página e falar “muda isso,” e ela por si só já reorganizava as estruturas e entregava o prato pronto. Quando percebo que o autor está procurando só um revisor de luxo, ou buscando elogios onde deveria haver críticas, eu coloco o pé no freio e faço um trabalho mais formal e burocrático.
E a leitura beta é importante, uma vez que a editora tem um preparador de texto?
Bom termo. Preparador de texto é muito usado para definir o copidesque na ficha catalográfica. Eu tenho uma opinião bem crítica quanto à leitura beta. Não adianta você mandar seu texto para quem não sabe o que está dizendo. O autor precisa escolher bem a pessoa que vai ler esse texto. Um exemplo, eu escrevo fantasia adulta. Se eu mandar o livro para um leitor beta carola, ele vai odiar. Se eu mandar para alguém que só lê mainstream, a pessoa vai mirar em outra direção. Digo mais. Meu texto é muito subjetivo, mexe com sentimentos mais do que qualquer coisa. Me interesso mais em saber o que mudará dentro do personagem do que se ele vai encontrar a pista final que desvenda o assassinato. Com isso, se uma pessoa extremamente racional passar os olhos no meu trabalho, ela não me trará nada de útil no feedback, porque eu não escrevo para esse tipo de leitor. Repito: é muito importante saber para quem você está entregando o seu texto. Essa pessoa tem que ter ou o perfil do seu público-alvo ou um perfil que de fato agregue alguma coisa com suas opiniões.
No caso da leitura crítica, ela é uma pré-seleção. O editor que tem leitores críticos se livra de ler um monte de porcaria. O autor que contrata um leitor crítico ganha o laudo de um profissional da área sobre seu texto e pode fazer melhorias antes de levá-lo ao editor.
Muitos autores iniciantes têm medo de submeter seus textos à leitura beta. Principalmente medo de plágio e das críticas. Outros não têm a quem recorrer, pois não conhecem pessoas do meio. Como enfrentar esses problemas?
Vale dizer que a ideia não é patenteável. Ou seja, você não pode proteger a sua ideia. Mas é possível fazer o registro do livro na Biblioteca Nacional, se isso deixar o autor mais tranquilo (eu recomendo). Outro ponto: novos autores superestimam demais o conceito de originalidade, daí o medo. Se você se acha original, provavelmente leu pouco na vida. Deixe a noção de originalidade de lado e passe a pensar em diálogo. Com que obras o seu trabalho dialoga? É uma postura mais honesta e mais saudável.
Não conheço ninguém que goste de ouvir críticas, mas é por meio delas que a gente descobre onde precisa melhorar. Hoje, dez anos após ter escrito meu primeiro livro, sete anos depois de sua publicação, eu me entendo melhor como autor. Sei o que quero manter como minha identidade, independente de críticas, sei de limitações que preciso trabalhar, sei dos pontos que simplesmente não me importam, e por aí vai. Mas, até chegar lá, não dispense ajuda. Troque ideias com outros autores e pessoas do meio. Busque a opinião de gente mais experiente que você.
Se você acha que não precisa de ninguém, já está começando errado. Twitter, facebook, Orkut e outras redes sociais estão aí para isso, aprenda a interagir.
Como é o relacionamento do copidesque com o autor, em geral?
Começa com o autor odiando o profissional de copidesque. “Quem esse sujeito pensa que é para mexer no meu texto assim?” Termina com o profissional odiando o livro e o autor. “Já falei para ele mudar isso cem vezes e ele continua errado a mesma coisa! Por que esse personagem não morre de uma vez?”
Imagine reler um texto três, quatro vezes, sem pausa, em busca de erros e mudanças? É bem complicado. Quando rola alguma conexão com o autor, o trabalho flui melhor. Os dois falam a mesma língua e com a sinergia o rendimento aumenta. Isso sem falar no prazo. Recentemente mexi em um livro de 120 mil palavras em quinze dias. Para mim é sempre desgastante.
Quando você vê o autor amadurecendo e conquistando o seu espaço, aí é recompensador. Tem gente que erra por falta de conhecimento. Se a pessoa aprende, vai se aprimorando. Tem gente que é preguiçosa e acha que seu papel não é revisar e apurar o texto. Não preciso nem dizer qual dos dois costuma sumir no meio do caminho.
Como é ser autor E copidesque? Você tende a querer copiescar seus livros? Ou já aproveitou para descontar tudo o que sofre no copy em cima do pobre preparador que trabalhará em seu livro? xD

Nem todo texto precisa passar por um preparador. Tem autor que com um bom leitor beta e um revisor já tem o livro pronto. Quando organizo coletâneas, por exemplo, o nível de trabalho que cada conto me dá é bem variado. Quando participo de coletâneas, costumo aceitar 99% das sugestões que me fazem. Gostaria muito de ter passado por copidesque no início de carreira, o aprendizado teria sido maior e mais rápido. Hoje, meu texto passa pelo editor e pelo revisor. Então, o jeito é descontar nos autores que trabalham comigo mesmo!
Sobre o autocopidesque, demorei umas cinquenta páginas para me convencer de que antes tinha que escrever e só depois revisar. Foi difícil separar isso na cabeça. Eu ficava burilando um parágrafo durante um tempo absurdo em vez de avançar no desenvolvimento da história. É claro que não há uma fórmula. Cada autor encontrará o seu jeito de ser eficiente e profissional. Para mim, atualmente, o que funciona é essa separação de etapas.
Qual foi a situação mais engraçada e a mais triste na sua relação com autores?
A mais engraçada foi com a Nazarethe Fonseca, que é minha amiga. Eu não gostava de um determinado personagem e, em minha homenagem, numa cena em que ele apanha, ela me deixou aumentar o grau de pancadas que ele levava. Quem nunca se vingou de um personagem não sabe o que está perdendo. Foi um momento de catarse e me diverti bastante com aquilo. O momento mais triste, divido em dois. Um é quando você precisa encarar o texto como um trabalho, repetir para si mesmo que é só isso e pronto. O outro é quando você já trabalhou com a pessoa e pega um novo texto e lá estão os mesmos erros, os mesmos problemas.
Se alguém quiser trabalhar com preparação de textos, mas não possui nenhuma experiência ou contatos. O que deve fazer, desde aprender a profissão até chegar a uma editora?
Meus caminhos não foram tradicionais, então sou péssimo para dar esse tipo de conselho. O ponto central é se instrumentar. Vejo muito isso em tradução. A pessoa está traduzindo livros técnicos de medicina. Ela se inscreve na faculdade e faz dois ou três períodos para ganhar conhecimento. É uma opção legítima e que não segue uma cartilha.
De que forma, não tenho uma resposta pronta. Hoje existem oficinas de literatura, cursos de roteiro, cursos de crítica, literatura comparada. Todas as opções dão ao interessado ferramentas extras para lidar com o texto. Como disse no início, se hoje sou um bom escritor, devo isso à tradução e à escola de cinema! Se eu entregar um texto com erro para o cliente, minha cabeça rola. Não tem meio termo, não tem tapinha no ombro. Além disso, escrever é praticar. É ler muito. E hoje faço isso o dia inteiro.
O copidesque também tem seu processo criativo quando executa sua função ou é um trabalho puramente "técnico"?
Existe o conhecimento técnico mais óbvio de gramática e ortografia. Infelizmente, novos autores ainda pecam bastante nesse quesito. O restante me é muito intuitivo. Cada idioma tem seu jeitão, as frases têm um tempo, uma duração que soa mais ou menos natural. Os fonemas, às vezes, não ficam harmônicos. Tem a questão da repetição de palavras também.
Quando faço um copidesque, costumo perceber a seleção vocabular do autor e manter aquilo. Por mais que eu mexa, por mais que eu destrua parágrafos inteiros, eu jamais interfiro na identidade do texto. Isso é coisa que só se aprende com o tempo.
Uma vez copidesquei um texto em que um personagem de seis anos de idade falava “não obstante.” A situação me irritava de uma forma inexplicável. Levantei a bola para o autor e ele mudou. Não é conhecimento técnico, é só bom senso.
O que é literatura para você?
O Houaiss diz que é o uso estético da linguagem escrita. Para mim, é um trabalho que ainda não paga todas as minhas contas, mas que me dá cada vez mais prazer, independente da posição em que eu jogue.
Você copidesca por ser autor ou se tornou autor de tanto copidescar?
Eu copidesco como uma forma de trazer novos nomes ao mercado. Sempre quis contribuir nessa renovação e tenho feito isso de diversas maneiras, uma delas é o copidesque. Acho muito fácil ficar sentado na cadeira dizendo quem presta e quem não presta, simplesmente. Prefiro trabalhar com a galera e mostrar que é necessário haver profissionalização para evitar a banalização. É claro que não posso mudar a cabeça de ninguém. O que o autor faz depois que adquiriu a informação não é mais problema meu.
Obviamente, tenho contas para pagar, não quero ser canonizado. Se um dia eu precisar abandonar o copidesque por algo que me remunere melhor ou se encontrar outra forma de chegar a novos autores (ambos já estão acontecendo...), copidesque será parte do passado.
Por que escolheu a fantasia urbana? (Não vale o clássico "foi ela que me escolheu" xD)
Eu sou um sujeito muito urbano e meu diálogo mais forte é com o mundo contemporâneo, a única exceção sendo o Império Romano. Para mim, é muito mais interessante descobrir um texto novo de um autor da minha geração do que ler um Fialho de Almeida, por exemplo. Gosto de explorar os dramas do mundo contemporâneo, gosto dos dilemas sobre violência, sexualidade, busca por identidade, a incomunicabilidade do nosso tempo. É esse o meu manancial de histórias e bons personagens. É natural. Tenho certeza de que um autor que escreve sobre a Idade Média tem o mesmo sentimento pela época. E, por favor, não vejam como preconceito com autores clássicos nem nada do tipo.
Definido o urbano e o contemporâneo, vem a fantasia. Independente do meu gosto como leitor, como autor é na fantasia que julgo poder fazer minha maior contribuição. Sempre curti o gênero, mas detestava castelos, briga entre famílias, reis e coisas que o valham.
Um dia, comecei a escrever um texto sobre um mago detetive no Rio de Janeiro, mas nunca terminei. Anos depois, morando em São Paulo, descobri que no mercado americano havia dezenas de autores se dedicando a esse gênero que foi mudando de nome durante anos até estacionar em “fantasia urbana.” A identificação foi imediata.
Quais autores (vivos ou mortos) você gostaria de se sentar na sala e conversar o dia inteiro tomando uma xícara de chá?
Já tive o prazer de conversar com vários dos nacionais. Dos internacionais, gostaria de conhecer Paul Auster, Murakami, Rob Thurman e China Mieville. Conversar sobre sexo com o Hal Duncan deve ser muito divertido, imagino. O cara é genial. E Philip K. Dick também seria uma boa, mas será que ele falaria coisa com coisa?
Aliás, prefere chá ou café? O que você bebe enquanto escreve? Quais rituais-maníaco-compulsivos você faz quando se senta pra começar a escrever?

Nenhuma para escrever. Minha vida é muito corrida (a de quem não é hoje em dia?) para ter manias como escritor. Eu abro o texto quando tenho tempo, escrevo quando posso, não importa se estou sozinho no escritório, se tem barulho em volta, se está frio ou calor.
Na vida como um todo, rituais-maníacos-compulsivos sobrando! A lista é grande e não cabe aqui na entrevista. Um deles é alimentação 100% saudável. Cafeína não faz parte da minha dieta nem no chá preto. Chá mesmo só os clássicos ou medicinais. De resto, muita água sem gás e suco natural.
Hora do jabá. Fale um pouco de sua obra :)
Ando dividindo minha obra em antes da vergonha na cara e depois.
Lancei em 2004 meus dois primeiros livros. Dante – o guardião se passa na Roma de Julio Cesar. Ele mistura história real com mitologia egípcia e um toque vampiresco. Em 2014, aproveitando a comemoração de 10 anos, pretendo relançá-lo e quem sabe escrever as continuações, mas dependerá da editora. É um livro do qual gosto muito e que não teve o devido tratamento na época.
Em seguida, publiquei o Histórias da noite carioca, que é um romance de humor realista, curtinho e bem leve de ler que conta várias histórias que eu vivi e ouvi nos bares, boates e inferninhos do Rio de Janeiro quando tinha 20 anos de idade.
Veio então um longo hiato no qual me dediquei a me instrumentar melhor, a tal vergonha na cara, e lancei em 2010 o Neon Azul, que é um grupo de histórias passado em um bar que atrai as pessoas e as faz enfrentar seus medos e tentações. Ele mistura realismo com fantasia e gosto muito do que fiz ali. Na verdade, escrevi o texto há alguns anos e fui revisando ao longo do tempo, mas sem interferir demais no projeto original.
Em 2012, se tudo correr bem, lanço o livro Exorcismos, Amores e Uma Dose de Blues, o primeiro da série de fantasia a qual venho me dedicando desde 2009. É um texto sem pudores, que trata de sexo, violência e drogas de forma direta, e que quebra diversos paradigmas morais, digamos assim. O protagonista é um mago exorcista, um cara boêmio, cheio de defeitos e que curte a vida muito melhor do que eu. Quem gosta de magos, metamorfos, necromantes e uma mitologia rica de fantasia pode reservar desde já a grana. A história se passa em Acrópolis, minha versão fantástica de São Paulo. Um texto bem contemporâneo, como não poderia deixar de ser.

7 comentários:

  1. Nossa, adorei, mesmo.
    A dica sobre escrever antes e revisar depois, é show. Eu sempre deixo de fazer isso: abro o caderno cheio de idéias, mas quando fecho, não escrevi nem 1% do que deveria estar ali, é aterrorizante. Assim que desligar o pc vou fazer isso.
    Obrigada pela entrevista! Me ajudou muito.

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  2. Fico feliz, Anonimo ^^
    Volte sempre -q

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  3. Muito elucidativo! Não tenho formação em nenhuma área ligada a literatura, assim como o entrevistado, mas sou leitora compulsiva. Tenho um grupo de amantes da leitura e recentemente fui convidada por uma editora para o trabalho de copidesque, o que me trouxe uma insegurança imensurável. Fico feliz ao ver que estou no caminho certo ao perceber que o que tenho feito é o correto. Muito obrigada por disponibilizar a entrevista. Amei!

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  4. Oi Candy adorei mto esse post, muito obrigado por ter conseguido essa entrevista e postado :)

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  5. Candy, Candy... Como é maravilhoso esse seu blog Candy... Adorei a entrevista, ajudou com alguns temas, mudou minhas ideias sobre outros... Será q vc consegue outras?? Puifa? Posso te chamar de Candy-cham?

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    1. Pode chamar sim ^^
      Olha, no blog da liga tem outra entrevista que fiz com um escritor (http://ligadosbetas.blogspot.com.br/2013/07/entrevistando-o-escritor-ghad.html) e em breve haverá outras entrevistas muito boas, eu agarantcho xD

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